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terça-feira, 26 de setembro de 2017

O “hotel maldito” de Pyongyang, símbolo do socialismo universal

Business Insider: o hotel Ryugyong é is o maior prédio abandonado do mundo
Business Insider: o hotel Ryugyong
é o maior prédio abandonado do mundo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O Hotel Ryugyong domina o horizonte de Pyongyang, apesar de os apartamentos de seus 105 andares nunca terem recebido cliente algum, narrou o jornal de Buenos Aires “La Nación”.

Sua forma esotérica de pirâmide de 330 metros de altura tem o recorde de prédio abandonado mais alto do mundo e assusta a capital da Coreia do Norte.

Em 1987, o Hotel Ryugyong prometia ser o sétimo arranha-céu mais alto do mundo e o primeiro hotel de grande altura.

Ele devia atrair investidores ocidentais e oferecer cassinos, clubes noturnos e salões japoneses para festas.

Devia ter sido levantado em dois anos, mas problemas na construção e nos materiais paralisaram totalmente a obra em 1992, em meio à pior fome provocada pelo socialismo no país.

Segundo a imprensa japonesa, o ditador megalomaníaco Kim Il-sung, pai do atual Kim Jong-un, consumiu na obra inconclusa US$ 750 milhões, o equivalente a 2% do PIB do país.



O esqueleto vazio passou mais dez anos com o guindaste desativado enferrujando ostensivamente.

Enquanto milhões morriam de fome, o prédio abandonado comunicava à cidade um ar de conjunto mal-assombrado, vergonha para os ditadores.

A má qualidade dos materiais e a ausência de segurança básica levou a Câmara de Comércio da União Europeia a qualificá-lo de “pior edifício do mundo” e concluir que sua estrutura é irreparável.

Foi apelidado de “Hotel Maldito” ou “Hotel Fantasma”, e a revista americana “Esquire” o definiu de o “pior prédio na história da humanidade”.

Em 2008, uma empresa egípcia fez a parte superior destinada a restaurante giratório
Em 2008, uma empresa egípcia fez a parte superior destinada a restaurante giratório
Em 2008, Orascom Telecom, um grupo egípcio de telecomunicações, prometeu restaurá-lo “em associação com uma empresa local”, que só podia ser estatal.

A recuperação fazia parte de um plano para “embelezar a cidade”, incluindo bondes, teatros e reforma das fachadas dos prédios.

A empresa investiu mais de US$ 180 milhões, dispôs de 2.000 operários, e cobriu com painéis de vidro o cimento cinza.

Também coroou o mostrengo com uns anéis que receberiam um restaurante giratório a partir do qual os comensais poderiam contemplar o imenso campo de concentração em que se transformou a capital norte-coreana.

Em 2009, Simon Cockerell, da Koryo Tours, empresa japonesa baseada em Pequim e que planeja viagens à Coreia do Norte, elogiou o empreendimento como “fonte de fascínio para todos”.

Em 2012, essa empresa exibiu fotos interiores do prédio com ambientes sem cabos nem tubulações, com um vasto lobby de cimento desértico e estranhas barras metálicas em volta de cada andar que faziam supor o pior.

A firma turística prometeu sua abertura “em dois o três anos”, obedecendo à vontade expressa dos ditadores de concluí-lo para comemorar o nascimento do “presidente eterno”, Kim Il-sung.

Ouviram-se novas promessas em 2013 e 2016, quando algumas luzes foram acesas na cúpula.

Malgrado anúncios e promoções, o "Hotel Maldito" continua lacrado
Anúncios e promessas, mas o "Hotel Maldito" continua lacrado
Hoje, 30 anos depois, o “Hotel Maldito” continua com suas portas permanentemente fechadas.

Mas entre mísseis e ameaças aos EUA, o comandante supremo do socialismo norte coreano Kim Jong-un anuncia sua próxima conclusão.

Os muros de isolamento que rodeavam o prédio foram substituídos por cartazes propagandísticos onde se lê: “A poderosa nação do foguete”.

No dia seguinte o ditador comunista aplaudiu o lançamento de mais um míssil balístico intercontinental, o qual chegou mais longe que os demais já disparados pelo regime.

Duas passarelas levam até a entrada do prédio, embora ainda seja um mistério saber quando algum hóspede nele ingressará pela primeira vez.

Histórias de loucos? Proezas do socialismo?

Alguém poderá até arguir que só no inferno se encontram contradições mais clamorosas.

Mas, observando outros empreendimentos iniciados, inconclusos ou mal realizados – no Brasil e alhures – pelos socialismos locais com similitude de imprevidência, corrupção e revolta contra a sabedoria, fica-se pensando que Kim Jong-il e Lúcifer não devem estar tão sozinhos...



Vídeo: Jornalista expulso fotografou a Coreia do Norte por dentro





A vida na Coreia do Norte vista por uma equipe da SBT



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