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terça-feira, 29 de novembro de 2016

China lança porta-aviões reciclado
e acirra tensões nos mares do Oriente

Pintadinho e modernizado o porta-aviões chinês Liaoning veio para criar tensão nos Mares da China e do Japão
Pintadinho e modernizado o porta-aviões chinês Liaoning
veio para criar tensão nos Mares da China e do Japão
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Um novo navio chinês, o porta-aviões Liaoning CV-16, entrou cinematograficamente em atividade. O golpe tem mais de propaganda do que importância real.

Mas é revelador da mentalidade expansionista militar de Pequim.

Com efeito, uma boa pintura e arrumação mascara o monstrengo.

O navio foi encomendado pela extinta URSS. Embora inconcluso, em 1988 já se chamava Riga. Depois, foi rebatizado Varyag e, em 1990, com o fim da União Soviética, foi abandonado na linha de montagem quando faltava por volta de 32%, para ficar pronto, segundo o jornalista especializado Roberto Godoy, de “O Estado de S. Paulo”.

A carcaça ficou enferrujando e foi aproveitada pela Ucrânia como hotel de emergência. Mas nem para isso serviu muito.



A carcaça sucateada de inacabado porta-aviões Varyag da URSS rumo à China.
Carcaça sucateada do inacabado porta-aviões Varyag da URSS rumo à China.
Foi vendida como sucata em Hong Kong para o estaleiro estatal chinês Dalian. Esse fez uma reciclagem que durou até poucos meses atrás.

Agora é o primeiro porta-aviões da China, deslocando 67 mil toneladas, com caças e helicópteros e uma tripulação de 2.606 homens assaz inexperientes na especialidade.

De fato, o Liaoning serve antes de tudo para treinar oficiais e marujos na manipulação de navios do gênero.

A qualidade profissional da marinha chinesa deixa muito a desejar, segundo puderam observar membros de outras forças navais em operações conjuntas.

Porém, o socialismo chinês anunciou que o navio entrou em condição de batalha, sem cerimônia formal, como se fosse algo habitual demais.

O oficial político da tropa embarcada, capitão Li Dongyou, apenas informou que “o CV-16 está pronto para combate”.

E de fato foi um ato político prenhe de ameaças.

A presença do Liaoning nas águas chinesas acrescentou um novo fator de perturbação no delicado equilíbrio regional.

Guarda costeira japonesa intercepta pesqueiro chinês nas Senkaku
Guarda costeira japonesa intercepta pesqueiro chinês nas Senkaku
Sua função primária é projetar o poder militar da China nos arquipélagos do Mar da China, e do Mar do Japão – esses reivindicados por Pequim, Tóquio, Seul e Taiwan.

No Mar do Japão, este em disputa uma aforação de ilhotas desérticas de apenas oito quilômetros cobrindo uma superfície de 187 km².

Pela legislação internacional, a partir de Senkaku, para os japoneses, ou Diaoyu, para todos os outros pretendentes, é possível definir uma zona de interesse econômico abrangendo reservas de petróleo e gás, além de estoques de pesca.

Há uma queda-de-braço entre Tóquio e Pequim.

Os comunistas tentaram construir sobre as pedras uma superfície artificial para receber pista de pouso e um sólido atracadouro como fizeram no Mar da China.

Porta helicópteros-destroieres japoneses Izumo e Hyuga em manobras.
Porta helicópteros-destroieres japoneses Izumo e Hyuga em manobras.
Os demais governos envolvidos no litígio protestaram. O Japão ameaçou despachar uma flotilha armada e mantém uma rotina de voos de reconhecimento.

O Liaoning CV-16 é a nau capitânia da frota chinesa, e permite dizer ao país que tem porta-aviões em atividade.

O Japão cujo desenvolvimento bélico está muito limitado desde a II Guerra Mundial, construiu quatro embarcações ditas “porta helicópteros-destroieres” que deslocam entre 18,5 mil a 24 mil toneladas cada um.

No convés há um certo número de helicópteros, mas os sistemas foram feitos para lançar e receber avançados caças americanos F-35 de decolagem vertical e os transportadores MV-22 Osprey, que deixam a pista como helicópteros e voam como aviões.

Unidades muito superiores à sucata modernizada chinesa e que vêm sendo testada há anos, devendo ser tomadas muito a sério.


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